julho 2024
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Os rins policísticos, ou a síndrome renal policística, é uma condição que pode causar dor e desconforto conforme a sua progressão.
Algumas pessoas podem conviver com os rins policísticos sem nem se quer apresentar sintomas ao longo de suas vidas ou até mesmo sem receber um diagnóstico.
Entretanto,os rins policísticos podem levar a complicações graves, levando a insuficiência renal crônica.
Por isso, é sempre importante conhecer mais detalhes sobre essa condição e conhecer seus sintomas e possibilidades de tratamento.
Sumário
O que é rim policístico?
Os rins policísticos, ou o rim policístico, é um tipo de condição médica, onde os rins de um paciente podem sofrer com a formação de uma série de cistos, que são pequenos sacos cheios de líquido, em seu interior.
Os cistos podem se apresentar de diferentes tamanhos, e geralmente acometem alguma parte do néfron, que é a unidade encarregada de filtrar o sangue e eliminar a urina.
É uma característica da doença renal policística um grande número de cistos que geralmente afetam os dois rins.
Esses cistos podem estar associados ao aparecimento de cisto em outros órgãos, como fígado, pâncreas, vasos sanguíneos, vesículas seminais, coração e cérebro.
Embora em alguns casos ele seja assintomático, e portanto só são descoberto quando o paciente realiza exames de rotina, em alguns indivíduos ela pode evoluir a fim de causar complicações sérias que impactam significativamente a qualidade de vida.
Pois os cistos presentes nos rins podem provocar inchaços, dilações e um aumento de tamanho no órgão ao destruir o tecido renal sadio, consequentemente impactando no seu funcionamento.
O que causa?
Existem ainda dois tipos de rins policísticos, a doença renal policística autossômica dominante (DRPAD) e a doença renal policística autossômica recessiva (DRPAR).
A DRPAD é a forma mais comum de rins policísticos, ela é a forma hereditária e geralmente se manifesta na idade adulta.
Já a DRPAR, é uma condição recessiva que está mais ligada a uma mutação genética e costuma se manifestar na infância.
Embora o componente genético seja um fator importante para o desenvolvimento da doença, existem outras causas que podem ser atreladas a elas, como o desenvolvimento a partir de doenças renais crônicas.
Ela acomete principalmente pacientes com uremia prolongada ou fazendo hemodiálise há muito tempo, e representa uma complicação grave da doença renal.
Desse modo, não está associada com a formação de cistos em outros órgãos do corpo, como é o caso da condição hereditária.
Quais os sintomas de rins policísticos?
Normalmente os pacientes com rins policísticos não apresentam sintomas, os sintomas começam a se manifestar a partir do 30 ou 40 anos de idade.
Aos 60 anos, a maioria já apresenta algum tipo de insuficiência renal provocada pelo crescimento dos cistos.
Isso quer dizer que a condição é percebida quando já está em um estágio avançado, que compromete consideravelmente sua qualidade de vida. Apesar disso, alguns pacientes podem apresentar sintomas severos desde cedo.
Os sintomas mais comuns de rins policísticos são:
- Pressão alta;
- Dor abdominal;
- Dor na parte inferior das costas;
- Sangue na urina (hematúria);
- Quando o paciente urina, a urina forma uma “espuminha” no vaso, devido à presença de proteínas;
- Inchaço no abdômen;
- Dor de cabeça;
- Náusea.
Rins policísticos pode matar?
Para responder essa pergunta é preciso ter em mente que com o passar do tempo e evolução da doença ela pode ir causando outros problemas, além da insuficiência renal crônica que pode levar o paciente a ter que realizar diálises periódicas.
Estima-se que um paciente que realize diálise consiga viver por pelo menos 5 anos sem alguma sequela.
Além disso, os pacientes com rins policísticos também podem apresentar outras condições relacionadas à saúde dos rins, como pedras nos rins e na bexiga.
Portanto, pode haver um comprometimento geral do aparelho urinário, o que pode ser prejudicial e colocar a saúde em risco.
Esses pacientes também podem vir a desenvolver condições como cistos hepáticos, aneurismas cerebrais e problemas cardíacos também podem ocorrer como resultado da condição.
Desse modo, a qualidade de vida e a saúde podem ficar bem comprometida, mas é importante ressaltar que cada caso deve ser analisado de maneira individualizada.
Diagnóstico de rins policísticos
O diagnóstico de rins policísticos geralmente é realizado por meio de exames de imagem, como a ultrassonografia ou a tomografia computadorizada.
Esses exames permitem que o nefrologista, médico especialista em doenças renais, verifique a presença, tamanho e também quantidade de cistos.
Uma outra alternativa para verificar se a condição é hereditária ou adquirida é através do teste genético.
Esses testes podem ser utilizados para identificar as mutações em genes que podem ser a causa do desenvolvimento de rins policísticos.
Como funciona o tratamento dos rins policísticos?
Atualmente não existe cura para a condição, entretanto muitas pesquisas visam desenvolver medicamentos que possam retardar o crescimento dos cistos.
Portanto, os pacientes que recebem o diagnóstico de rins policísticos podem se valer de tratamentos farmacológicos e não farmacológicos.
O ideal é que se inicie o tratamento antes que o tecido que recobre os rins esteja completamente comprometido. Nesse momento, há possibilidade de realizar um manejo e limitar o crescimento dos cistos preservando assim a função renal.
Entretanto, como nos estágios iniciais a condição não costuma manifestar sintomas, é difícil que ela seja percebida antes.
A abordagem farmacológica envolve o uso de diversos tipos de medicamentos visando tratar algumas das complicações que ocorrem em quem tem rins policísticos.
Dentre os medicamentos utilizados podemos citar os:
- Anti Hipertensivos: além de controlar o aumento da pressão arterial secundário ao desbalanço do eixo Renina-Angiotensina-Aldosterona, também estão relacionados à desaceleração do crescimento dos cistos renais.
- Estatinas: diminuem o crescimento do volume renal em adultos com DRPAD e TFG diminuída.
- Desmopressina: indicada para o manejo dos sangramentos císticos em adultos com função renal já rebaixada.
Além do uso de antibióticos, anti-inflamatórios e também analgésicos para aliviar os eventuais sintomas que podem surgir.
Também pode haver recomendação de tratamento cirúrgico que visa promover alívio sintomatológico em pacientes com prejuízo significativo das atividades cotidianas secundário à dor.
É preciso fazer a retirada de rins policísticos?
A remoção dos rins policísticos só é indicada em último caso quando o órgão não apresenta mais a função renal, ou seja apresenta insuficiência renal crônica em estágio final.
Isso pode ocorrer antes mesmo da realização de um transplante, pois muitos cistos podem apresentar dimensões maiores dos que o habitual.
Como minimizar os danos causados pelos rins policísticos?
O paciente com rins policísticos ainda pode precisar realizar mudanças no estilo de vida que sejam mais gerais, como realizar exercícios físicos, priorizar uma dieta balanceada e reduzir o consumo de sódio.
A terapia de hidratação, ou seja aumentar o consumo de água, pode desacelerar os sintomas de insuficiência renal.
Também é importante fazer um controle da pressão arterial para mantê-la nos níveis adequados, ou seja, estejam abaixo de 120 mmHg por 80 mmHg, e principalmente ficar longe do cigarro.
Parentes de primeiro grau de pessoas que tenham rins policísticos deverão realizar para uma avaliação precoce a fim de minimizar os danos.
Agora você já sabe tudo sobre essa condição
Através desse conteúdo buscamos apresentar algumas informações sobre os rins policísticos para que você possa eliminar suas dúvidas.
Esteja atento, e se você conhecer algum parente direto que tenha enfrentado essa condição não hesite em procurar um médico.
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