Câncer de pele: Sintomas, como identificar e prevenir

maio 2024

Leitura: 17 min.

O câncer de pele é uma condição que se encontra em crescimento no Brasil, de acordo com os dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA).

Essa condição é bastante preocupante uma vez que um dos tipos de câncer de pele, o melanoma, é uma condição rara, bastante agressiva e que pode ser letal.

Assim, o diagnóstico precoce é fundamental para que o tratamento contra essa doença seja mais efetivo.

Por isso, é importante conhecer quais são os principais sintomas, quando procurar um médico e quais são as principais formas de tratamento dessa condição.

Foi pensando nisso que elaboramos um conteúdo completo para que você possa eliminar suas dúvidas sobre o câncer de pele.

Sumário

O que é câncer de pele?

O câncer de pele é caracterizado pelo crescimento descontrolado e anormal de células que compõem o tecido epidérmico.

Essas células podem se dispor em formato de camadas e, de acordo com as que forem afetadas, são definidos os diferentes tipos de câncer.

Embora seja mais comum numa faixa etária de pessoas com idade superior aos 40 anos, ele pode acometer indivíduos de outras faixas etárias.

Tipos de câncer de pele

Existem duas divisões principais que categorizam os cânceres de pele, eles podem ser divididos em Melanoma ou não melanomas. Confira a seguir as características de cada um deles:

Melanoma

O melanoma é um tipo de câncer de pele raro e também é aquele que possui o mais alto índice de mortalidade entre os cânceres de pele.

Ele é mais comum em pessoas adultas, e pode surgir em qualquer parte do corpo. Em indivíduos afrodescendentes, é mais comum em áreas mais claras como a palma da mão ou a sola dos pés.

Esse tumor possui uma incidência de metástase mais alta, o que quer dizer que ele possui um alto potencial de se disseminar a outros órgãos.

Geralmente, elas surgem como um pinta ou sinal na pele em tons acastanhados ou enegrecidos, mas com o passar do tempo a tendência é que mudam de formato ou tamanho e possam causar sangramentos.

Elas podem surgir em qualquer parte do corpo, inclusive em áreas difíceis de serem visualizadas, em mulheres são mais comuns nas penas, nos homens nos troncos ou braços e no rosto e pescoço em ambos os sexos.

Não melanoma

Os cânceres de pele não melanomas são os tipos de cânceres e também são aqueles que apresentam um menor risco de mortalidade quando comparados ao melanoma.

Ele se caracteriza por apresentar uma evolução lenta e ser menos agressivo, entretanto quando não diagnosticado e tratado precocemente pode trazer sérios riscos para a saúde do paciente.

Os cânceres não melanomas são divididos em dois subtipos:

Carcinoma basocelular: Mais prevalente entre todos os tipos, encontra-se em uma camada mais profunda da epiderme e surge mais frequentemente em regiões expostas ao sol, aparência similar a uma ferida ou nódulo;
Carcinoma espinocelular: Ele é o segundo tipo de câncer mais prevalente, e se manifesta nas células escamosas, elas constituem a maior das camadas superiores da pele. Pode se desenvolver em todas as partes do corpo, como rosto, couro cabeludo e orelhas, se manifestam semelhante a verrugas têm coloração avermelhada e se apresentam na forma de machucados ou feridas espessos e descamativos, que não cicatrizam e sangram ocasionalmente.

O que causa câncer de pele?

É preciso ter em mente que qualquer pessoa pode desenvolver câncer de pele, mas ele costuma ser mais prevalente em pessoas que possuem peles muito claras e pessoas albinas ou com vitiligo.

Essas pessoas possuem uma camada menor de melanina, e portanto a pele fica mais exposta a incidência dos raios UV que é um fator agravante para o desenvolvimento de câncer de pele.

Pois, ao alcançar as camadas mais profundas das pele os raios UV causam alterações e podem provocar o envelhecimento precoce das células.

Além da exposição solar, existem alguns fatores de risco que podem ser levados em consideração, como:

Maior prevalência em pessoas com idade acima dos 40 anos;
Histórico familiar de câncer de pele;
Pessoas com pele clara;
Pessoas que trabalham sob a exposição solar;
Exposição prolongada ao sol;
Exposição a câmaras de bronzeamento;

O sol é bom para a saúde, mas em excesso pode provocar envelhecimento precoce, lesões nos olhos e câncer de pele.

Sintomas de câncer de pele

Provavelmente você já percebeu que o câncer de pele possui como principal sintoma o aparecimento de manchas ou lesões, por isso o autodiagnóstico pode ser difícil.

É importante ter um bom conhecimento do seu corpo principalmente para identificar o aparecimento de novas manchas.

Em estágios avançados, o câncer de pele pode apresentar outros sintomas, que irão variar de acordo com a área para onde o câncer avançou, mas podem incluir o aparecimento de nódulos na pele, inchaço nos gânglios linfáticos, falta de ar ou tosse, dores abdominais e de cabeça.

Por isso é preciso estar atento ao aparecimento das manchas, pois elas podem ser manchas de câncer de pele.

Quais tipos de manchas na pele que podem ser câncer?

Para contribuir com o autodiagnóstico, separamos algumas características importantes para que você possa verificar antes de buscar um médico.

Mas lembre-se que é apenas o médico especializado, como o dermatologista, que está apto a realizar o diagnóstico de câncer de pele.

Conheça algumas características das lesões de câncer de pele:

Aparecimento de uma lesão na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente;
Aparecimento de uma pinta preta ou castanha que muda sua cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho;
Aparecimento de uma mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.

As lesões de câncer de pele geralmente apresentam assimetria, borda irregular, mais de uma tonalidade, tamanho superior a 6mm e crescimento ou mudança de cor.

Desconfie caso você note o aparecimento de uma mancha na pele com essas características.

Diagnóstico

O diagnóstico do câncer de pele é feito a partir do exame clínico pelo médico dermatologista, esse exame é a etapa inicial.

Se houver suspeita do câncer de pele, o médico poderá realizar outros exames como a dermatoscopia e também a biópsia do tecido lesionado para a avaliação em laboratório.

Após a confirmação, e dependendo do tipo de câncer, o médico indicará a melhor opção de tratamento.

Tratamento

É importante que em qualquer tipo de câncer seja realizado o diagnóstico precoce, ou seja, logo que os primeiros sinais de câncer de pele surjam.

O diagnóstico precoce melhora as chances de tratamento, e reduz a mortalidade, reduzindo também o risco de lesões mutilantes.

Para os cânceres de pele não-melanoma existem diversas opções de tratamento, mas a abordagem vai depender da extensão da lesão. Os procedimentos podem incluir:

Cirurgia excisional: remoção do tumor com um bisturi, e também de uma borda adicional de pele sadia;
Curetagem e eletrodeposição: Consiste em realizar uma raspagem na lesão enquanto um bisturi elétrico destrói as células;
Criocirurgia: promove a destruição do tumor por meio do congelamento com nitrogênio líquido. A técnica tem taxa de cura menor do que a cirurgia excisional, mas pode ser uma boa opção em casos de tumores pequenos ou recorrentes.
Cirurgia a laser: remove as células tumorais usando o laser de dióxido de carbono ou erbium YAG laser.
Cirurgia Micrográfica de Mohs: é uma técnica onde o cirurgião retira o tumor e um fragmento de pele ao redor com uma cureta. Em seguida, esse material é analisado no microscópio. Tal procedimento é repetido sucessivamente, até não restarem vestígios de células tumorais.
E, outras;

Já o câncer de pele melanoma, pode requerer um tipo de tratamento diferenciado devido a sua agressividade, além da Cirurgia Micrográfica de Mohs, pode ser necessário realizar a quimioterapia, a radioterapia ou a imunoterapia, principalmente em estágios mais avançados da doença.

É possível prevenir o câncer de pele?

Uma das melhores maneiras de se prevenir contra o aparecimento do câncer de pele é evitar a exposição excessiva ao sol e proteger a pele dos efeitos da radiação.

Por os é preciso investir em uma série de medidas para a proteção contra o raios ultravioletas, como:

Usar óculos escuros sempre que for sair no sol, principalmente pessoas de olhos claros;
Usar chapéus, camisetas e roupas que tenham proteção UV;
Exposições longas a luz solar dê preferência por roupas que cubram várias parte do corpo, como mangas compridas e calças;
Evitar a exposição à luz solar nos horários das 10 às 16 horas, pois os raios solares são mais fortes.
Manter crianças e bebês protegidos do sol, pois possuem a pele mais sensível.
Realizar a aplicação de filtros solares diariamente e não apenas em horários específicos;
Procurar manchas na pele que possam ser suspeitas;
Consultar um dermatologista uma vez no ano, para realizar um check up.

O uso do protetor, ou do filtro solar, é fundamental para ajudar a evitar o aparecimento de câncer de pele, e ele deve ser incluído nas suas rotinas de cuidado diariamente.

Dicas de como escolher o melhor filtro solar

A escolha do filtro solar ideal para evitar o câncer de pele pode ser complicada para quem é leigo no assunto e para que você não erre, vamos dar algumas dicas:

Os raios ultravioletas (UV) são divididos em dois tipos, os raios UVA e UVB. Os raios UVA são aqueles que estão presentes mesmo em dias chuvosos e nublados e são capazes de penetrar nas mais profundas camadas da pele causando o envelhecimento.

Já os raios UVBs são aqueles presentes no horário de maior intensidade da luz solar, que corresponde ao período de 10 às 16 horas.

Sabendo da atuação desses dois raios e também como influenciam no aparecimento do câncer de pele ao escolher o seu filtro solar você deve levar em consideração o Fator de Proteção Solar (FPS).

Quanto maior o FPS, mais alta é a proteção dos raios UV:

FPS 2 a 15 possui baixa proteção contra a radiação UVB;
FPS 15-30 oferece média proteção contra UVB,
FPS 30-50 oferecem alta proteção UVB e o
FPS maior que 50, altíssima proteção UVB.

Quanto mais clara for a sua pele, maior deve ser o fato FPS, pessoas que costumam ter queimaduras solares com maior facilidade devem utilizar a proteção de 30 FPS pra cima.