Doenças mais comuns: Saiba quais são e como se proteger

agosto 2025

Leitura: 18 min.

Conhecer quais são as doenças mais comuns no território brasileiro é muito importante para você que deseja cuidar da sua saúde e também da saúde dos seus familiares.

Embora nem sempre seja possível evitá-las, quanto mais cedo forem descobertas e iniciado o tratamento maiores são as chances de cura e menores serão os danos para a sua saúde.

Por isso, é importante entender que doenças são essas e como elas ocorrem, foi pensando nisso que elaboramos um conteúdo completo sobre doenças mais comuns. 

 O que são doenças mais comuns?

Quando falamos de doenças mais comuns, estamos nos referindo às doenças que possuem uma prevalência maior no território brasileiro.Isso pode ocorrer principalmente porque o Brasil é um país composto por uma vasta diversidade de regiões e estados. 

Esse grande território faz com que o país seja culturalmente diverso, e tanto as diferenças culturais quanto ambientais podem ter uma componente que podem influenciar em algumas doenças das populações. Isso porque cada lugar é específico, possuindo seus próprios riscos e condições para doenças. 

Por isso, quando falamos em doenças mais comuns, estamos falando de doenças crônicas, que mais atingem os brasileiros independente do estado que residam. 

Quais são as doenças mais comuns?

Recolhemos alguns dados de algumas das doenças mais comuns que ocorrem no Brasil, e iremos apresentá-las a seguir. Confira:

A diabetes também se espalhou globalmente, registrando um aumento significativo de 70% entre 2000 e 2019 e resultando em um acréscimo de 80% das mortes entre homens.

Outra condição que demanda atenção é o Alzheimer, que, juntamente de outros tipos de demência, está entre as dez principais causas de mortalidade no mundo. Mais frequente na Europa e nas Américas, a doença afeta principalmente o público feminino.

Segundo informações da Vigitel, pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde (MS) em 2019, 24,7% da população nacional tem pressão alta. Além disso, a obesidade é um problema que preocupa, uma vez que 19,8% dos adultos no país são obesos.

Doenças Cardiovasculares (Infarto, AVC, Angina)

As doenças cardiovasculares são um conjunto de doenças que afetam o coração e os vasos sanguíneos, como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC) e angina.

Estão entre o grupo de doenças mais comuns, pois nos últimos 20 anos, foram as que mais mataram em todo o planeta,  sendo responsáveis por cerca de 400 mil óbitos por ano no Brasil. A hipertensão, principal fator de risco, afeta cerca de 33% da população adulta,  e até 65% em maiores de 60 anos. 

Dentre as doenças cardiovasculares mais comuns estão o infarto, AVC e angina, a maioria é provocada por fatores como hipertensão, colesterol alto, diabetes, obesidade, tabagismo e sedentarismo.

Por isso, para prevenção, é importante adotar uma dieta equilibrada, manter peso saudável, fazer atividade física, evitar fumar, controlar álcool, monitorar pressão e colesterol.

Os tratamentos variam conforme o caso e podem incluir: revascularização (angioplastia), medicamentos (anti-hipertensivos, anticoagulantes, estatinas), cuidados de reabilitação após eventos agudos.

Hipertensão

A hipertensão, nada mais é do que a pressão arterial constantemente elevada, ela é considerada uma das doenças mais comuns, pois atinge cerca de 33–35% da população adulta; muitos ainda desconhecem o diagnóstico. 

Sua aquisição está relacionada a fatores genéticos quanto a estilo de vida.Frequentemente assintomática e conhecida por ser uma doença silenciosa, pode causar dor de cabeça, tontura, visão turva.

Para preveni-la é importante incorporar hábitos saudáveis, como a redução de sal, controle de peso, dieta rica em frutas e vegetais, atividade física, evitar álcool e tabaco.

Os tratamentos incluem o uso de medicamentos (como inibidores da ECA, diuréticos, betabloqueadores), mudanças no estilo de vida e monitoramento regular.

Câncer

Grupo de doenças com crescimento anormal e descontrolado de células que podem invadir tecidos ou se espalhar.

Os cânceres mais comuns em mulheres, no Brasil, são o de mama, colo do útero e colorretal, já em homens os cânceres mais comuns em homens, excluindo o câncer de pele, são o câncer de próstata, colorretal e de pulmão.

Em 2019, aproximadamente 2,6% da população adulta — cerca de 4,1 milhões — relatou ter recebido diagnóstico de câncer. 

O aparecimento do câncer depende de fatores de risco como tabagismo, infecções (HPV, hepatites), radiação, exposição ambiental e genética.

Como existem diversos tipos de câncer, os sintomas podem variar desde o aparecimento de  nódulos persistentes, sangramentos, dor contínua, perda de peso inexplicada, mudanças na pele.

A prevenção também pode variar de acordo com o tipo de câncer, por isso é importante evitar fumaça de cigarro, dieta saudável, vacinas (HPV, hepatite), exames de rastreamento (mamografia, colonoscopia, PSA, etc.).

Na maioria dos casos o tratamento segue com cirurgia, quimioterapia, radioterapia, imunoterapia, terapias-alvo.

Diabetes

Doença metabólica: o corpo não produz insulina suficiente ou não a usa adequadamente, elevando o açúcar no sangue.


Estima-se que cerca de 10,1–10,5% da população adulta tenha diabetes, o que corresponde a cerca de 20 milhões de pessoas.

A diabetes não é transmissível, mas possui fatores de risco que incluem obesidade, sedentarismo, hereditariedade e envelhecimento.

Dentre os principais sintomas da doença, estão a fome e sede excessivas, urinação frequente, fadiga, visão turva, feridas que demoram a cicatrizar.

Para preveni-la é importante ter um estilo de vida saudável: atividade física regular, alimentação balanceada, peso na faixa adequada.

Os tratamentos geralmente incluem o controle glicêmico com dieta, exercícios, hipoglicemiantes orais, insulina, acompanhamento médico contínuo.

Doenças Respiratórias Crônicas (Asma e DPOC)

As síndromes respiratórias, como Asma e DPOC, são condições que causam problemas respiratórios, nas vias aéreas. 

Por exemplo, a asma, é inflamação crônica das vias aéreas, com episódios de obstrução reversível.

A asma tem prevalência estimada em cerca de 10% da população, aproximadamente 20 milhões de pessoas, levando a 300–600 mil hospitalizações por ano.

A asma pode ter componente alérgico, já a DPOC está ligada ao tabagismo e poluição, como os principais sintomas podemos citar a tosse, chiado no peito, falta de ar, sensação de aperto no peito, especialmente à noite ou com esforço.

Para prevenir é importante, evitar tabaco e poluentes, identificar e evitar alérgenos, vacinação contra gripe/pneumonia, tratamento precoce de infecções respiratórias.

No tratamento utiliza-se, broncodilatadores, corticosteroides inalatórios, terapias de reabilitação pulmonar e planos de ação individualizados.

Depressão

Transtorno do humor caracterizado por tristeza persistente, perda de interesse, alterações no sono, apetite, energia e concentração.

Prevalência ao longo da vida: em torno de 15,5%; na atenção primária, cerca de 10,4% Serviços e Informações do Brasil.

Enquanto a OMS em 2017 estimou 5,8% da população afetada — cerca de 11,5 milhões de pessoas.

A depressão pode ser causada tanto por fatores genéticos, estresse, doenças crônicas, traumas, desequilíbrios químicos no cérebro.

Os principais sintomas são humor baixo, desânimo, apatia, alteração de sono e apetite, baixa autoestima, ideação suicida, fadiga, concentração prejudicada.

Para prevenir a depressão é importante um estilo de vida saudável, sono regular, gerenciamento do estresse, suporte social, busca de ajuda profissional ao primeiro sinal.

Tratamentos podem envolver a psicoterapia, medicamentos antidepressivos, apoio social e, em casos graves, intervenções psiquiátricas especializadas. 

Alzheimer

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta a memória, o pensamento e o comportamento.

Dentre os principais fatores de risco incluem idade avançada, genética, estilo de vida e condições como hipertensão e diabetes.

Os principais sintomas do Alzheimer são a perda de memória recente, dificuldade em realizar tarefas cotidianas, desorientação, mudança de humor e personalidade, confusão.

A prevenção se dá através do estímulo cognitivo, dieta saudável, atividade física, controle de doenças crônicas (hipertensão, diabetes) e socialização.

Medicamentos que reduzem o declínio (como inibidores da colinesterase), manejo comportamental, suporte ao cuidador. Nenhuma cura atualmente, mas os sintomas podem ser amenizados.

Doenças Infecciosas (Resfriados, Gripe)

Infecções virais do sistema respiratório, como rinovírus (resfriado) e influenza (gripe). Extremamente comuns, sobretudo em ambientes coletivos. 

Altamente contagiosas, pois sua transmissão por gotículas, contato com superfícies, tosse, espirro.

Os principais sintomas são coriza, espirros, dor de garganta, tosse, febre (mais comum na gripe), fadiga e dores no corpo.

A prevenção se dá através da vacinação anual contra a gripe (para gripe), higiene das mãos, uso de máscara em ambientes fechados, etiqueta respiratória (tossir no cotovelo).

AIDS (Vírus HIV)

Síndrome da imunodeficiência adquirida, causada pelo vírus HIV, que ataca o sistema imunológico

Estima-se que mais de um milhão de pessoas convivam com o vírus HIV no Brasil, entretanto, houve uma queda significativa na mortalidade por AIDS, com o menor índice da série histórica, segundo o Ministério da Saúde. 

O contagio se dá através do contato com sangue, relações sexuais sem proteção, compartilhamento de agulhas, transmissão vertical (mãe-bebê).

Em sua fase inicial o HIV pode ser assintomático, entretanto febre, mal-estar, linfonodomegalia, são relativamente comuns. 

Se não tratada, pode evoluir para infecções oportunistas graves, perda de peso e fadiga intensa. 

A prevenção se dá através do uso de camisinha, testagem regular, PrEP (profilaxia pré-exposição) para grupos de risco, não compartilhar seringas, tratamento de mães soropositivas para reduzir a transmissão vertical.

O tratamento de HIV se dá por meio da terapia antirretroviral (TARV) contínua, controla o vírus, permite qualidade de vida e previne transmissão (indetectável = intransmissível).

Obesidade

A obesidade é uma condição médica caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal que compromete a saúde.

É definida com base no Índice de Massa Corporal (IMC): IMC ≥ 30 indica obesidade, o  excesso eleva o risco de diversas doenças, incluindo cardiovasculares, diabetes tipo 2, apneia do sono, certos tipos de câncer, osteoartrite e depressão

Estudos mais recentes projetam que até 2044, 48% dos adultos terão obesidade e outros 27% estarão com sobrepeso. Juntos, isso representará cerca de 75% da população adulta Fiocruz Brasília.

Além disso, a obesidade se destaca dentre as doenças mais comuns, pois em 2022, havia 6,7 milhões de pessoas com obesidade no Brasil, das quais aproximadamente 863 mil eram obesos grau III (mórbidos) SBCMF.

As causas da obesidade são multifatoriais, envolvendo fatores genéticos, dieta hipercalórica, sedentarismo e alterações metabólicas. Estão presentes tanto influências biológicas quanto contextos sociais e econômicos.

Por si só, a obesidade não causa “sintomas” diretos além do peso elevado, porém ela está associada a comorbidades e complicações, como fadiga, dificuldade para respirar, dores nas articulações, e outros sinais relacionados às doenças associadas ao excesso de peso.

Para evitar a obesidade é importante adotar um estilo de alimentação saudável, rica em alimentos in natura e minimamente processados, com redução de ultraprocessados, açúcar e gordura,  além de praticar exercícios regularmente. 

Para tratar a obesidade podem ser necessárias uma série de abordagens,  que vão desde mudanças no estilo de vida, uso de medicamentos e procedimentos cirúrgicos. 

Agora você já conhece as doenças mais comuns

Através desse conteúdo buscamos apresentar algumas das doenças mais comuns no Brasil para que você possa conhecê-las e saber como evitá-las.

Nesse sentido, é importante que você realize exames regularmente a fim de detectar possíveis doenças e iniciar o tratamento o quanto antes. 

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