Linfoma: O que é e como tratar?

setembro 2023

Leitura: 14 min.

O linfoma é uma doença caracterizada por mutações nas células do sistema linfático que resulta em multiplicação descontrolada dessas células pelo organismo.

Essa doença pode ter diversos níveis e graus, e inclusive pode colocar em risco a vida do paciente.

Por isso é preciso buscar um auxílio médico para realizar um diagnóstico rápido e detalhado para iniciar o tratamento.

Para que você elimine suas dúvidas e conheça mais informações sobre essa doença, preparamos um conteúdo completo sobre linfoma.

O que é linfoma?

O linfoma é uma doença que resulta na alteração das células do sistema linfático após sofrerem mutações.

Quando sofrem mutações, as células do sistema linfático, passam a ter crescimento anormal, se  multiplicando rapidamente e se disseminando pelo organismo. 

O sistema linfático, em conjunto com o sistema imunológico, é responsável por ajudar o nosso organismo a se defender, pois ele produz e transporta os glóbulos brancos.

E, na presença de células mutantes ao invés de proteger o seu organismo, contra bactérias, vírus e outros agentes, o sistema linfático se torna comprometido.

Linfoma é câncer?

Sim! Linfoma é apenas o nome técnico ao qual usamos para se referir ao câncer do sistema linfático.  

A principal característica do linfoma é o crescimento anormal e acelerado das células do sistema linfático.

Ou seja, quando um paciente obtêm o diagnóstico de linfoma, é porque esse paciente está com câncer no sistema linfático. 

Tipos de linfoma

Existem essencialmente dois tipos de linfoma, que são classificados como linfoma de Hodgkin e linfoma não Hodgkin.

Dentro dos tipos de linfoma, a classificação é feita com base no tipo de célula afetada pelo linfoma.

Linfoma de hodgkin

Conhecido por afetar as células chamadas de linfócitos do tipo B, elas fazem parte do sistema de defesa do organismo.

Quando sofrem mutação, os linfócitos se transformam em uma célula maligna cujo nome é célula de Reed-Sternberg.

É a presença dessa célula que vai desencadear uma reação inflamatória, e através da sinalização do organismo, ela passa a ser rodeada por células normais e malignas.

Desse modo, ela acaba formando um aglomerado de células que gera uma massa tumoral, que pode aparecer em qualquer parte do corpo.

Entretanto, eles são mais frequentes nos gânglios linfáticos presentes no tórax, pescoço e axilas.

O linfoma de Hodgkin pode ocorrer em qualquer idade e jovens de 25 a 30 anos são mais propensos a desenvolver.

Pessoa com ínguas de linfoma na garganta

Linfoma não hodgkin

O linfoma não Hodgkin é um tipo que afeta os linfócitos T e B, além disso é também o tipo mais comum, cerca de 80% de prevalência dos casos.

São mais de 80 tipos de linfomas não hodkin, que são classificados após o paciente obter diagnóstico, desse modo, são classificados com base no tipo e no estágio em que são encontrados. 

Ainda podem ser agrupados, de acordo com o tipo de célula linfóide afetada, se linfócitos B ou T. 

A forma, o tamanho e o padrão que apresentam no microscópio também são utilizados para classificar o tipo de linfoma de um paciente.

A classificação é fundamental para que possa ser selecionado o tratamento mais adequado baseando-se no tipo de linfoma.

Entretanto, os locais  mais frequentes são a medula óssea, trato gastrointestinal, nasofaringe, pele, fígado, ossos, tireoide, sistema nervoso central (relacionado ao HIV), pulmão e mama.

Semelhante ao linfoma de Hodgkin, o linfoma não Hodgkin pode surgir em diferentes partes do corpo.

Houve um aumento nos casos de linfoma não Hodgkin, especialmente para pessoas acima dos 60 anos de idade.

O que causa o linfoma?

Embora não se saiba exatamente os mecanismos que desencadeiam e propiciam o aparecimento da doença.

Alguns estudos sugerem que a doença pode estar relacionada, no caso do linfoma não hodgkin, com a idade.

Outros casos fatores de risco para o desenvolvimento da doença são as infecções crônicas causadas por retrovírus, como o HIV e HTLV;

Infecções de hepatite, e infecções bacterianas como a de Helicobacter pylori também são fatores de riscos, bem como condições que afetam a imunidade do paciente.

Certos tipos de linfomas podem ter predisposição genética, mas é preciso analisar com calma a classificação.

Exposição a produtos químicos também aumentam as chances de desenvolver essa doença.

Sintomas de linfoma

Assim como qualquer outro tipo de câncer, é imprescindível iniciar o tratamento o quanto antes, e por isso querem entender quanto tempo o linfoma demora para se manifestar.

Não existe um tempo médio, pois vai depender muito do tipo de linfoma e principalmente da agressividade com qual ele se espalha, podendo levar meses ou semanas para os primeiros sintomas se manifestarem.

De uma maneira geral, o primeiro sintoma é a presença dos linfonodos aumentados, esses linfonodos são conhecidos também como ínguas. 

Por tanto se você notar íngua no pescoço, íngua na virilha ou íngua na axila e não estiver passando por nenhum tipo de infecção aparente esteja atento.

Esse pode ser um sintoma de linfoma, resultando da proliferação desordenada dos glóbulos brancos, principalmente se são gânglios que crescem e não regridem

Além disso, outros sintomas menos característicos de linfoma incluem:

  • Febre;
  • Anemia
  • Perda de peso;
  • Suor excessivo, principalmente à noite;
  • Fraqueza;
  • Aumento do volume do abdômen.
  • Sono excessivo
  • Cansaço
  • Mal estar
  • Falta de ar

É importante ficar atento aos sintomas, e buscar o auxílio de um profissional de saúde o mais breve possível.

Médico examinando pessoas com ínguas de linfoma na garganta

Diagnóstico

Para diagnosticar o linfoma, é preciso buscar um médico formado em hematologia, o hematologista.

Desse modo, ele avaliará o seu histórico de saúde bem como fará exames físicos para avaliar. 

Após a consulta, o médico solicitará exames de sangue e de imagem que posteriormente passarão pela avaliação, mas apenas após a biópsia você terá a confirmação.

Através da biópsia é possível identificar os tipos e subtipos de linfoma, para personalizar o tratamento de acordo com as necessidades do paciente e aumentar suas chances de cura.

Além da biópsia também é possível realizar exames de sangue para auxiliar na confirmação do quadro de linfoma.

Linfoma tem cura?

Uma pergunta muito frequente para aqueles que estão enfrentando o câncer no sistema linfático, é se o linfoma tem cura.

A resposta é sim. Linfomas são doenças potencialmente curáveis, mesmo na fase avançada, portanto é importante seguir o tratamento e as orientações médicas.

O que vai determinar as chances de cura são o tipo de linfoma, câncer menos agressivos, ou indolentes, podem conviver com o paciente por muitos anos.

Apesar de não ter cura em estágios mais avançados, podem ser controlados com auxílio de medicamentos.

Linfomas mais agressivos podem precisar de tratamento e quimioterapia imediata, ou em casos mais específicos de um transplante de medula óssea. 

Ainda que o paciente tenha se curado da doença uma vez, há casos em que ele pode passar por uma recidiva. 

O risco de enfrentar uma recidiva do câncer depende da enfermidade, os linfomas de Hodgkin, por exemplo, são curáveis na maioria dos estágios da doença.

Enquanto os linfomas não Hodgkin dependem do tipo histológico e do estágio da doença, entretanto, graças ao avanço da medicina cada vez mais novas técnicas e fármacos estão 

Tratamentos

Existem diversas opções de tratamentos para linfoma, dependem principalmente do diagnóstico, e classificações do tipo e subtipo de linfoma.

Na maioria dos casos, utiliza-se a quimioterapia como forma de tratamento para os linfomas que são mais agressivos e necessitam de tratamento imediato.

Pode-se associar a quimioterapia a outros medicamentos específicos, ou seja, imunoterapia, para que o paciente tenha uma melhor resposta e qualidade de vida.

Nesse tipo de tratamento, o paciente não enfrenta tantos efeitos colaterais como enfrentaria com a quimioterapia, são principalmente usados em linfoma não Hodgkin.

O transplante de células-tronco (ou transplante de medula) é também uma opção para pacientes com linfomas não Hodgkin.

A radioterapia também pode ser uma alternativa em casos mais específicos, principalmente nos estágios iniciais para alívio de sintomas, como dor, por exemplo, mas raramente é o único tratamento dado aos pacientes

Em alguns casos, onde o câncer é menos agressivo, não gerando impactos negativos para a vida do paciente, não realiza-se quaisquer tipos de tratamentos, pois ele não trará benefícios para o paciente.

Invista na sua saúde

Através desse conteúdo buscamos apresentar o que é linfoma, quais são os principais tipos, sintomas, como obter um diagnóstico preciso e quais são as possibilidades de tratamento para a doença.

O linfoma é grave, por isso deve-se ter atenção aos sintomas, e graças aos avanços da medicina novas possibilidades de tratamento podem surgir a qualquer instante.

Por isso, é importante que você procure acompanhamento médico de uma equipe multidisciplinar que pode envolver médicos, nutricionistas, enfermeiros, psicólogos e outros.

É importante investir em uma atividade física e na alimentação balanceada para que você possa ter uma melhor qualidade de vida. 

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