Grávida menstrua? Descubra! 

novembro 2025

Leitura: 12 min.

Saber se grávida menstrua é uma dúvida muito comum entre algumas mulheres, pois o sangramento pode ocorrer e gerar preocupações.

Por isso, se você está gestante e notou algum sangramento desconfie sempre que possível e converse com o seu médico.

Nesse artigo, preparamos algumas informações essenciais para você saber se é possível ter menstruação durante a gravidez.

Todo sangramento é menstruação?

Antes de entender se grávida menstrua é importante saber que nem todo sangramento pode e deve ser considerado menstruação.

A menstruação é um processo hormonal natural do organismo da mulher, entretanto existe uma série de outros fatores que podem causar sangramentos.

É um fato que a gravidez pode sim ser uma das causas de sangramento, bem como o uso de anticoncepcionais, alterações hormonais ou principalmente problemas de saúde. 

É importante procurar um médico se o sangramento for incomum, fora do período menstrual, muito intenso, ou acompanhado de outros sintomas, como cólicas. 

Afinal de contas, grávida menstrua?

Muitas mulheres têm dúvidas de se é possível menstruar na gravidez, e a resposta para essa pergunta é que não é possível.

Isso porque a menstruação ocorre quando o revestimento do útero não precisa ser nutrido, uma vez que não houve fecundação e acaba por ser expelido.

Se a gravidez ocorre, o corpo mantém esse revestimento uterino para nutrir o embrião. Ele não é mais expelido, e a menstruação para. 

Por isso, não é normal uma mulher grávida menstruar, e como falamos anteriormente nem todo sangramento é sinal de menstruação.

O que pode ser confundido com menstruação são outras condições que também necessitam de atenção.

O que pode causar sangramento na gravidez?

Como já comentamos anteriormente, existem algumas condições que podem causar sangramento e podem ser confundidas com a menstruação, preparamos uma lista com alguns deles: 

Alterações do colo do útero

É uma condição onde há sangramento, pois durante a gravidez, o colo do útero passa por mudanças importantes: ele fica mais macio, mais sensível e muito mais vascularizado devido ao aumento dos hormônios. 

Isso faz com que pequenos vasinhos na superfície se rompam com facilidade. Por esse motivo, sangramentos leves podem ocorrer mesmo por estímulos mínimos, sem representar risco para o bebê ou para a gestação.

Situações comuns que provocam esse tipo de sangramento incluem relações sexuais e exames ginecológicos, como coleta de preventivo ou toque vaginal. 

O sangramento geralmente é pequeno, rosado ou amarronzado, e desaparece rapidamente. Entretanto, caso se torne recorrente, muito intenso ou venha acompanhado de dor forte, é importante consultar o obstetra para descartar outras causas.

Hematoma subcoriônico

O hematoma subcoriônico ocorre quando há um pequeno acúmulo de sangue entre a parede do útero e a placenta (ou o local de implantação inicial). 

É relativamente comum, especialmente no primeiro trimestre, e pode causar sangramento leve, moderado ou até mesmo nenhum sangramento, sendo descoberto apenas no ultrassom. 

Apesar de assustar muitas gestantes, na maioria dos casos o hematoma reduz e desaparece naturalmente com o passar das semanas.

Sangramento de escape por variação hormonal

No início da gestação, os hormônios ainda estão se ajustando para sustentar o desenvolvimento do embrião. 

Essa fase de adaptação pode causar pequenos sangramentos de escape leves, breves e geralmente sem dor. Eles podem surgir na época em que a menstruação viria, confundindo muitas mulheres que ainda não sabem que estão grávidas.

Esse tipo de sangramento costuma ser rosado, marrom claro ou avermelhado bem suave, e dura de algumas horas a dois ou três dias. 

Embora geralmente não represente risco, é importante falar com o obstetra, principalmente se o sangramento aumentar, mudar de cor ou vier acompanhado de sintomas como cólicas intensas. A avaliação profissional garante segurança e tranquilidade para a gestante.

Ameaça de aborto

A ameaça de aborto acontece quando há sinais de que a gestação pode estar em risco, especialmente no primeiro trimestre. 

O sintoma mais típico é o sangramento vermelho vivo, que pode vir acompanhado de cólicas semelhantes às menstruais, dor nas costas e, em alguns casos, pequenos coágulos.

 Apesar do nome assustador, muitas gestantes com esse quadro conseguem continuar a gravidez sem complicações.

Ao surgir qualquer sintoma compatível, a orientação é buscar atendimento médico imediatamente. 

Exames de ultrassom e dosagem do hormônio beta-hCG ajudam a verificar se o embrião está bem e se o colo do útero permanece fechado. 

Em alguns casos, o médico pode recomendar repouso, evitar atividades físicas intensas e, ocasionalmente, medicações específicas.

Gravidez ectópica

A gravidez ectópica ocorre quando o embrião se implanta fora do útero, sendo a trompa de Falópio o local mais comum. 

Como esse ambiente não é adequado para o desenvolvimento, a gestação não pode seguir adiante e, se não diagnosticada a tempo, pode causar ruptura e hemorragia interna. 

Os sintomas incluem sangramento vaginal leve a moderado, dor abdominal intensa, geralmente de um lado e, em casos mais avançados, dor no ombro, tontura ou desmaio.

Esse quadro é considerado uma emergência médica, porque pode colocar em risco a vida da mulher. Ao suspeitar de gravidez ectópica, o atendimento deve ser imediato. O diagnóstico é feito por ultrassom e exames de sangue, e o tratamento costuma envolver medicação ou cirurgia, dependendo do estágio da gestação e do estado clínico da paciente.

Infecções vaginais ou do colo

Infecções como candidíase, vaginose bacteriana, clamídia, gonorreia ou cervicite podem causar irritação e inflamação na região vaginal e cervical, resultando em pequenos sangramentos.

Esses quadros também podem provocar sintomas como corrimento anormal, mau odor, coceira, ardência ao urinar e desconforto durante a relação sexual. 

Como o sistema imune da gestante fica mais sensível, infecções podem surgir ou se intensificar nesse período.

Problemas placentários (2º e 3º trimestre)

Problemas como descolamento prematuro da placenta e placenta prévia são causas de sangramento mais tardio na gestação e exigem atenção imediata. 

O descolamento prematuro ocorre quando a placenta se separa parcial ou totalmente da parede uterina antes do parto, gerando sangramento e dor abdominal intensa. 

Já a placenta prévia acontece quando a placenta se posiciona sobre o colo do útero, bloqueando a saída do bebê.

Cada situação possui sinais específicos: o descolamento costuma causar dor forte e endurecimento do abdômen, enquanto a placenta prévia geralmente provoca sangramento vermelho vivo sem dor.

Em ambos os casos, é fundamental buscar atendimento imediato, pois são condições que podem comprometer a saúde da mãe e do bebê e exigem monitoramento hospitalar e cuidados especializados.

Quando buscar um médico?

Independente do motivo, não é comum a grávida menstrua ou apresentar qualquer tipo de sangramento.

Se você identificar um sangramento, é importante relatar ao seu obstetra o mais rápido possível. 

Além disso, busque atendimento de urgência caso verifique os seguintes sintomas:

  • Sangramento intenso: Se o sangramento for volumoso, como preencher um absorvente em poucas horas.
  • Sangramento com dor: Se houver dor abdominal ou pélvica, especialmente se acompanhada de cólicas ou contrações.
  • Tontura: Se você se sentir tonta ou desmaiar junto com o sangramento
  • Febre ou calafrios: Se o sangramento vier acompanhado de febre ou calafrios.
  • Sinais de parto prematuro: Como o rompimento da bolsa.Sangramento com odor fétido: Pode indicar uma infecção, especialmente após um aborto. 

Agora você já sabe se grávida menstrua

Através desse conteúdo buscamos esclarecer uma dúvida bastante comum: Se é possível ter menstruação durante a gravidez.

Agora você já sabe que é importante estar alerta e buscar um atendimento médico em caso de urgência. 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Copy link