Câncer de vulva: Sintomas e tratamentos

junho 2024

Leitura: 13 min.

O câncer de vulva é uma condição que requer atenção de toda mulher, pois mesmo sendo rara e não mencionada popularmente.

Esse tipo de neoplasia, ou câncer, chega a representar 5% das neoplasias ginecológicas e raramente são discutidas informações sobre o câncer de vulva.

Infelizmente, como outros tipos de câncer, ele pode ser perigoso e colocar a saúde em risco. Por isso, se você deseja saber mais informações sobre o câncer de vulva, elaboramos um conteúdo completo sobre esse assunto.

O que é câncer de vulva?

Antes de entendermos o que é o câncer de vulva, é importante entender o que compreende a vulva. 

A vulva é formada pelos lábios maiores, menores, clitóris, introito vaginal e também as glândulas de Bartholins, que são fundamentais para lubrificar a vagina durante o sexo.

Portanto, o câncer de vulva acomete a região externa do órgão genital feminino, é importante não confundi-lo com o câncer de colo de útero.

O câncer de vulva surge quando células geneticamente modificadas passam a se multiplicar causando um crescimento anormal no tecido vulvar, epitelial ou das glândulas presentes na região.

A maioria dos cânceres de vulva são semelhantes a verrugas, mas também existem outros tipos que podem acometer as glândulas de Bartholin, sudoríparas, melanomas nos grandes lábios e sarcomas. 

O tipo de câncer é muito importante, pois a partir da sua tipagem e estágio poderão ser definidas as melhores formas de tratamento.

imagem ilustrativa de uma vulva

Fatores de risco

O câncer de vulva pode surgir de maneira espontânea, entretanto existem alguns fatores que podem aumentar a probabilidade do seu desenvolvimento. São eles: 

  • Idade: O câncer de vulva é mais comum em mulheres com faixa etária de 50 a 70 anos; 
  • Infecção prévia por HPV: os papilomavírus humanos (HPVs) são transmitidos sexualmente e o risco de infecção causando o aparecimento de verrugas e feridas na genital. 
  • Neoplasia intraepitelial vulvar: é uma lesão pré-cancerosa, geralmente causada pelo HPV, ela é formada majoritariamente pelo desenvolvimento de células anormais. 
  • Infecção por HIV: o vírus diminui as defesas do organismo e reduz sua capacidade de combater o vírus e o câncer em seus estágios iniciais.
  • Fumo: mulheres fumantes têm maior risco de ter câncer de vulva em relação às que não fumam.
  • Câncer de colo de útero: É um tipo de câncer que também pode surgir a partir da infecção por HPV.
  • Melanoma nos grandes lábios ou em outras partes do corpo ou histórico familiar de melanoma.

Por isso, se você faz parte de algum desses grupos é importante ficar em alerta uma vez que você provavelmente terá uma tendência maior a desenvolver o câncer de vulva.

Sintomas de câncer na vulva

Os sintomas de câncer na vulva tendem a ser variáveis de mulher para mulher e também são dependentes do tipo de câncer. 

Alguns dos sintomas comuns de câncer de vulva são:

  • Presença de um nódulo: Esse nódulo pode se apresentar na cor vermelha, rosa ou branca, é como um caroço, bolinhas na vagina ou um crescimento anormal da região;
  • Ardência ou dor ao urinar: É um sintoma bastante comum de outras condições genitais como IST’s, mas também pode acontecer no câncer de vulva.
  • Dor e sensibilidade: É bem provável que você note uma sensibilidade maior na região afetada no nódulo ou próximo a ele.
  • Coceira: O câncer é uma das possíveis causas de coceira na região íntima, a coceira pode apresentar como um desconforto.
  • Mudanças na textura: A pele da região da vulva pode apresentar algumas mudanças na espessura, coloração e também na textura.
  • Sangramento vaginal: O sangramento vaginal também é um sintoma prevalente nesses casos. Ele pode acontecer, por exemplo, depois da relação sexual, ou em outros momentos do dia.
  • Feridas: As feridas que são sintomas de câncer de vulva tendem a demorar para cicatrizar ou não cicatrizar completamente. 
  • Ínguas: É possível que você sinta inchaço em alguns linfonodos presentes na região vulvar, ou até mesmo na virilha.

Esses são alguns dos principais sintomas da condição, entretanto, é preciso notar que esses sintomas podem também estar associados a outras condições de saúde. 

Por isso, apenas com base nos sintomas não é possível presumir que de fato se trata de um câncer na vulva, é preciso buscar o atendimento médico e passar por uma avaliação profissional. 

Como é feito o diagnóstico?

Apesar de apresentar alguns sintomas comuns, o câncer de vulva na maioria das vezes é assintomático, o que pode dificultar o atendimento inicial para o tratamento.

Geralmente, a busca por um diagnóstico inicia quando a mulher vai procurar um ginecologista por conta de uma coceira insistente que não melhora, ou por ter notado a presença de um caroço.

O exame para diagnosticar o câncer de vulva inicia, como um exame de rotina onde o médico irá analisar a região. 

Após, o médico poderá solicitar uma biópsia, que é um procedimento onde o médico removerá pequenos fragmentos da área afetada para realizar testes patológicos e fazer análise microscópica do local.

Após a biópsia e os demais exames é possível confirmar o câncer e qual o tipo de câncer para então iniciar o tratamento.

Ainda como forma de diagnóstico, o médico pode solicitar outros exames de imagem, a fim  de verificar se o tumor se espalhou para outros órgãos. 

Como é o tratamento de câncer na vulva?

O tratamento para câncer de vulva vai depender do tipo de câncer identificado após a biópsia, a idade da da paciente e outras características envolvendo sua saúde.

Além disso, o estágio em que a patologia se encontra, e se ela já se espalhou para outros órgãos do corpo também é um fator importante para considerar o tratamento mais adequado.

Os métodos mais comuns de tratamento, são:

  • Cirurgia de remoção do tumor: Uma cirurgia com objetivo de remover totalmente o tumor, regiões afetadas, podendo ser necessário remover parte ou toda a vulva.
  • Radioterapia: Indicada principalmente para tumores em estágios mais avançados, a radiação elimina células cancerosas. 
  • Quimioterapia: Administração de medicamentos endovenosos;
  • Imunoterapia: É um tipo de tratamento para eliminar as células cancerosas e estimular o sistema imune;

O câncer de vulva, assim como qualquer outro tipo de neoplasia, pode se espalhar para outros órgãos do corpo e colocar a sua vida em risco.

Portanto, é muito importante que você reconheça os sintomas e faça uma visita ao médico periodicamente.

Quanto antes o câncer for identificado, maiores são as suas chances de cura e de sucesso do tratamento. 

Como prevenir o aparecimento do câncer de vulva?

Como já citamos anteriormente, o câncer de vulva pode acometer qualquer pessoa independentemente dos cuidados, entretanto é possível reduzir a probabilidade do seu aparecimento.

Para isso, é preciso tomar algumas medidas e precauções, principalmente com relação ao HPV que é um dos fatores de risco para o aparecimento do câncer de vulva e também do câncer de colo de útero.

O HPV é uma infecção sexualmente transmissível, por isso é importante que você pratique sexo seguro através do uso de preservativos.

Os preservativos protegem não apenas contra a infecção causada por HPV, mas também HIV e outras IST’s (infecções sexualmente transmissíveis). 

Preservativos

Também é possível tomar a vacina contra o HPV, ela não elimina o vírus de quem já contraiu a infecção, mas protege aqueles que ainda não contraíram o vírus.

Outro fator de risco que pode ajudar a reduzir as chances de desenvolver essa condição é reduzir o tabagismo. 

Mantenha as suas consultas em dia para evitar surpresas ou sustos, pois como já dissemos as chances de cura são maiores quando o câncer é detectado no início. 

Agora você já sabe tudo sobre o câncer de vulva

Através desse conteúdo buscamos apresentar algumas das informações mais relevantes sobre o câncer de vulva.

Esse câncer é pouco falado, e por isso é importante conhecer sinais, sintomas, tratamentos disponíveis e também quais são as formas de prevenção. 

Ainda que você tenha identificado algum sintoma, lembre-se que muitas alterações na região vulvar também podem ser provocadas por outras condições clínicas.

Portanto, é importante buscar atendimento profissional com um ginecologista para que ele possa solicitar exames de diagnóstico e posteriormente o tratamento mais adequado. 

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