Herpes: o que é e qual é o tratamento?

outubro 2022

Leitura: 15 min.

A herpes pode ser definida como uma infecção viral, cujo principal sintoma é o aparecimento de bolhas e vesículas agrupadas.

Essas bolhas podem ser encontradas na região oral, categorizando o herpes labial ou na região genital, conhecida também como herpes genital feminina e herpes genital masculina.

Em casos mais raros,  elas podem estar presentes em outras partes do corpo, e ainda que alguns casos sejam assintomáticos os sintomas podem ser bastante dolorosos. 

De acordo com a OMS (organização  mundial da saúde), há uma estimativa de que mais de 400 bilhões de pessoas estejam infectadas com os vírus HSV 1 e 2, que são os causadores da infecção.

Embora ainda não tenha cura e o indivíduo infectado tenha que  conviver com o vírus pelo resto da vida, a medicação e o tratamento podem ajudar muito os portadores desta infecção.

Por isso, é fundamental aprofundar seus conhecimentos sobre essa doença, identificar seus sintomas e buscar um possível tratamento.

O que é herpes?

Herpes, ou herpes simples, é uma infecção causada pelo Herpes simplex vírus (HSV). Esse vírus pode ser categorizado em dois tipos diferentes de vírus: o HSV-1 e o HSV-2.

Ambos possuem potencial para o desenvolvimento de herpes labial e herpes genital, entretanto  o HSV-1 majoritariamente é transmitido pelo contato oral, originando a herpes labial. 

Enquanto o HSV-2 é majoritariamente a causa do herpes genital sendo uma IST (infecção sexualmente transmitida) que é transmitida através do ato sexual.

O HSV-2 infecta as mulheres quase duas vezes mais que os homens porque a transmissão sexual é mais eficiente de homem para mulher.

 A prevalência aumenta com a idade, embora o maior número de novas infecções seja em adolescentes.

Um indivíduo que foi infectado com o vírus o carregará durante toda a sua vida, entretanto existem medicamentos que podem ajudar no tratamento e impedir a reativação do vírus.

Herpes zoster x Herpes simples

Um dilema muito comum quando falamos dos herpesvírus, é achar que eles desencadeiam os mesmos quadros clínicos. 

Embora o vírus causador da herpes zoster pertença à mesma família de vírus que causam herpes simples, eles não devem ser confundidos, pois são causados por um outro tipo de vírus que é o vírus varicela-zoster, o mesmo que causa a catapora.

A zoster também é conhecida como “cobreiro”, ou popularmente chamada de herpes no corpo, pois ela causa a formação de erupções na pele, ou bolhas, que têm coloração vermelha e podem coçar ou causar.

Desse modo, ela não deve ser confundida com herpes simples, a qual estamos abordando neste artigo. 

O que herpes pode causar no organismo?

Os principais sintomas de herpes simples são primeiramente formigamento, coceira ou queimação, e posteriormente notar a irrupção das lesões cutâneas ao redor da boca ou das genitais.

Essas pequenas bolhas, ou vesículas, estão cheias de líquido claro ou amarelado que formam crostas quando se rompem deixando a pele visivelmente machucada e exposta.

Ao ser infectado com o vírus ele pode permanecer inativo no organismo, até que algum fator desencadear sua ativação  

Os sintomas tendem a aparecer entre o segundo e o vigésimo dia depois da exposição dos vírus, eles costumam ser mais graves e extensos, na primeira ativação do vírus, e por isso o restabelecimento completo pode ser mais demorado.

Entretanto, durante as novas  recorrências os sintomas tendem a ser mais leves, alguns indivíduos podem apresentar a ausência de sintomas. 

Existem também alguns sintomas específicos que podem caracterizar a herpes labial e a herpes genital.

Herpes labial 

A herpes oral, ou labial, pode ser causada pelos vírus HSV-1 ou HSV-2, um dos principais sintomas de herpes labial é a formação de bolhas, ou vesículas, na região oral que compreende lábios, boca e garganta.

O mais comum é o surgimento de bolhas ao redor dos lábios e da boca, entretanto elas também podem estar presentes na região interna da boca. 

Em algumas ocasiões as bolhas podem aparecer até mesmo na língua ou na face, ou em casos mais raros em outras áreas da pele.

A presença das bolhas durante uma “crise” têm duração aproximada de 2 a 3 semanas, durante esse período o paciente pode experimentar coceira, ardor, agulhadas e formigamento nas regiões onde as bolhas são visíveis. 

Herpes genital

A herpes genital costuma ser mais estigmatizada e possui um grande impacto nas relações sexuais.

Ela é caracterizada pelo aparecimento de bolhas ao redor das genitais (vulva, vagina, cérvix, ânus, pênis, escroto, bunda e virilha).

Em alguns casos, a herpes genital pode vir acompanhada de outros sintomas como:

  • Febre;
  • Dores de cabeça;
  • Inchaço nos linfonodos;
  • Dores no corpo;
  • Dor ao urinar como um choque;
  • Outras infecções.

Esses sintomas podem ocorrer, pois os vírus HSV-1 e HSV-2 possuem grande afinidade com as terminações nervosas. 

Os sintomas podem ser menos recorrentes em uma pessoa com herpes genital infectada com o vírus HSV-1 e mais recorrentes em pessoas infectadas com o HSV-2. 

No caso de uma “crise” as bolhas possuem duração de 2 a 6 semanas, e o vírus possui uma alta probabilidade de ser transmitido nesse período. 

O que causa a herpes?

Como já explicamos, tanto os vírus HSV-1 quanto o HSV-2 possuem potencial para o desenvolvimento dos dois tipos de doença: a herpes labial e a herpes geninal.

Herpes labial

A transmissão da herpes labial ocorre geralmente na infância, sendo transmitida através do contato com as feridas, saliva ou superfícies contaminadas com salivas ou fluidos corporais de infectados.

Isso ocorre, geralmente, pois a criança não possui hábitos de higiene e pode acabar levando os fluídos contaminados para a boca. 

Herpes genital

A herpes genital é transmitida através das relações sexuais, e se dá através do contato genital-oral,  genital-genital, através de fluídos de quem está contaminado com o vírus.  

Em casos de infecções por, HSV-2 pode a transmissão pode ocorrer até mesmo quando a pele aparenta estar saudável e não há a presença de sintomas.

Durante o parto a mãe pode infectar o bebê através herpes genital, causando a herpes neonatal e que pode ser perigosa em recém-nascidos.

As pessoas infectadas também possuem risco maior de contrair e transmitir o HIV, através das secreções formadas pelas bolhas. 

Reincidência

Se você já é portador do vírus existe ainda a possibilidade de que ele seja reativado, e nesse caso alguns fatores podem contribuir para o reativamento:

  • Exposição a luz solar intensa(para a produção de vitamina D);
  • Cansaço físico e mental que causam sono excessivo;
  • Estresse emocional;
  • Febre;
  • Imunidade baixa;
  • Alterações hormonais, como as do período menstrual;
  • Infecções como gripes e resfriados;
  • Consumo de itens ricos no aminoácido arginina, entre elas nozes, amêndoas e chocolates.

Prevenção da herpes

A falta de prevenção com certeza é um fator agravante para a infecção por esse vírus, portanto é preciso estar prevenido seguindo algumas dicas:

  • Evite o contato com pessoas que tenham os sintomas;
  • Evite compartilhar objetos que compartilhem saliva;
  • Evite compartilhar brinquedos sexuais;
  • Evite fazer sexo sem proteção;
  • Grávidas devem informar o médico que são portadoras de herpes para evitar a infecção do bebê;
  • Mantenha as mãos limpas e evite tocar suas próprias lesões ou as de outras pessoas;
  • Informe o seu parceiro que você é portador do vírus da herpes;
  • Mantenha os hábitos de higiene pessoal.

Tratamento

Se você suspeitar que tem herpes é fundamental procurar um médico especialista para fazer o diagnóstico e iniciar o tratamento. 

Diagnóstico

Ao visitar um profissional de saúde em caso de suspeita de herpes ele pode fazer a solicitação de exames sorológicos que identificam anticorpos contra o vírus e diretamente detectando o DNA do vírus que está em circulação. 

Quanto mais cedo você iniciar o tratamento, antes de surgirem os sintomas, menor será a intensidade e duração. 

O médico dermatologista é o profissional de saúde indicado para avaliar o desenvolvimento da infecção e ele pode indicar o uso de cremes e soluções.

Ou até mesmo comprimidos para  minimizar os sintomas e consequentemente as recidivas causadas pela infecção.

Prescrição de medicamentos


Se você quer saber se herpes tem cura, saiba que embora exista medicação, elas não eliminam completamente o vírus.

Os medicamento apenas podem contribuir para desaparecimento dos sintomas e manter o vírus no estado inativo.

Após o diagnóstico positivo, o médico pode prescrever alguns medicamentos antivirais.

Os mais comuns são: o Aciclovir é que o medicamento antiviral de primeira escolha, seguida de Fanciclovir e Valaciclovir estes possuem uma posologia de melhor adesão pelo paciente para contribuir no tratamento.

A prescrição de medicamentos antivirais pode reduzir o risco de transmissão para o parceiro, entretanto o uso do preservativo é fundamental para evitar a contaminação. 

Além disso, ele também pode receitar medicamentos que atuem no combate da dor como ibuprofeno e pomadas.

Algumas vacinas estão sendo testadas para tratamento e prevenção da doença, mas nenhuma comprovou ser totalmente eficaz.

Ainda é possível seguir algumas dicas para evitar o desconforto durante uma crise, mas lembre-se de sempre consultar o seu médico antes.

Quem tem herpes pode ter uma vida normal

Nesse artigo, apresentamos os diferentes tipos de herpesvírus, quais são as doenças, sintomas e maneiras de prevenção.

A prevenção é fundamental para evitar de contrair a infecção, entretanto se você já contraiu, não deixe de procurar a ajuda de um profissional de saúde.

Os sintomas e a carga viral podem ser minimizados e dessa maneira você pode evitar crises e ativação do vírus.

O diagnóstico é fundamental para garantir uma melhor qualidade de vida e bem-estar para quem já é portador do vírus.

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