maio 2024
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O câncer de pâncreas é uma das formas mais letais de câncer, na maioria das vezes apresentando sintomas apenas em estágios já avançados. Por ser inicialmente assintomático e pela dificuldade de diagnóstico precoce, esse tipo de câncer é frequentemente diagnosticado em estágios avançados, limitando as opções de tratamento.
Por isso, através desse conteúdo vamos explorar os sintomas mais comuns associados ao câncer de pâncreas, assim como os fatores de risco que podem aumentar a probabilidade de desenvolver essa doença.
Sumário
Primeiros sintomas de câncer de pâncreas
Primeiramente, os primeiros sintomas podem variar de pessoa para pessoa e muitas vezes são sutis, dificultando o diagnóstico precoce. No entanto, alguns dos sintomas iniciais mais comuns são:
- Dores abdominais: Na maioria das vezes começa com uma dor vaga na região do abdômen, podendo se intensificar à medida que o câncer progride. Além disso, a dor pode se irradiar para as costas.
- Perda de peso: As pessoas com câncer de pâncreas podem perder peso mesmo quando estão comendo normalmente ou até mesmo aumentando a ingestão de alimentos.
- Fadiga: Além disso, se sentir cansado ou fraco, mesmo após períodos de descanso, é outro sintoma comum.
- Icterícia: A icterícia é a coloração amarelada da pele e dos olhos e pode ocorrer quando o câncer bloqueia o ducto biliar, interferindo no fluxo da bile.
- Alterações no sistema digestivo: Isso inclui sintomas como náuseas, vômitos, diarreia ou constipação, especialmente se houver obstrução do intestino.
- Alterações no apetite: Por fim, pode haver uma perda de apetite significativa ou uma aversão a certos alimentos.
No entanto, é importante ressaltar que esses sintomas podem ser causados por diversas condições, e a presença de um ou mais sintomas não significa necessariamente que uma pessoa tenha câncer de pâncreas. Por isso, se você estiver notando esses sintomas persistentemente, é essencial consultar um médico para avaliação e possível diagnóstico.
Diagnóstico
O diagnóstico pode ser desafiador devido à localização profunda do pâncreas dentro do corpo e à falta de sintomas específicos em estágios iniciais da doença. No entanto, existem diversos métodos que os médicos utilizam para diagnosticar. Como por exemplo os exames de imagem, como tomografia computadorizada, ressonância magnética e ultrassonografia abdominal. Esses exames podem ajudar a identificar massas ou alterações no pâncreas que podem indicar câncer.
Os médicos também solicitam exames de sangue para medir os níveis de certas substâncias no sangue, como Ca 19-9 e CEA. As elevações anormais desses marcadores tumorais podem indicar a presença de câncer, embora também possam ser elevados em outras condições.
Uma biópsia é o procedimento mais definitivo para diagnosticas o câncer. Durante uma biópsia, uma amostra de tecido é coletada do pâncreas e examinada sob um microscópio para detectar a presença de células cancerosas.
Além disso, a endoscopia digestiva alta também permite que os médicos visualizem o interior do trato digestivo superior, incluindo o pâncreas, usando um tubo flexível com uma pequena câmera na ponta. Por fim, em alguns casos, os médicos podem realizar uma laparoscopia, um procedimento cirúrgico minimamente invasivo, para examinar e coletar amostras de tecido para biópsia.
Fatores de risco
Existem alguns fatores de risco conhecidos que podem aumentar as chances de desenvolver o câncer de pâncreas. Embora nem todas as pessoas com fatores de risco desenvolvam a doença e algumas pessoas com câncer não apresentem nenhum desses fatores, é importante estar ciente deles para uma melhor compreensão do risco. Por isso, veja abaixo alguns dos principais fatores de risco associados:
- Idade avançada: Primeiramente, o risco de câncer de pâncreas aumenta com a idade, sendo mais comum em pessoas com mais de 60 anos.
- Fumar: O tabagismo é um dos fatores de risco mais significativos para o câncer de pâncreas. Fumantes têm um risco muito maior de desenvolver a doença em comparação com não fumantes.
- Histórico familiar: Ter parentes de primeiro grau (pais, irmãos, filhos) com histórico de câncer de pâncreas pode aumentar o risco de desenvolver a doença.
- Histórico pessoal de câncer: Pessoas que tiveram câncer de ovário, mama ou cólon também podem ter um risco aumentado de desenvolver câncer de pâncreas.
- Pancreatite crônica: A pancreatite crônica, uma inflamação prolongada do pâncreas, pode aumentar o risco de câncer de pâncreas.
- Obesidade e dieta não saudável: A obesidade e o consumo excessivo de gorduras saturadas e carne vermelha têm sido associados a um maior risco de câncer de pâncreas.
- Diabetes tipo 2: A diabetes tipo 2 está associada a um aumento do risco de câncer de pâncreas, embora a relação exata entre essas duas condições ainda não seja completamente compreendida.
- Exposição a certos produtos químicos: A exposição ocupacional a certos produtos químicos, como benzeno e produtos de petróleo, pode aumentar o risco de câncer de pâncreas.
- Síndromes genéticas hereditárias: Algumas síndromes genéticas, como a síndrome de Lynch, a síndrome de Peutz-Jeghers e a pancreatite hereditária, estão associadas a um risco aumentado de câncer de pâncreas.
Como prevenir o câncer de pâncreas
Embora não seja possível prevenir o câncer de pâncreas com total garantia, há algumas medidas que podem reduzir o risco de desenvolver essa doença. Como por exemplo parar de fumar, evitar o tabagismo passivo, e o consumo excessivo de álcool estão associados a um maior risco de câncer de pâncreas.
A obesidade e o excesso de peso estão associados a um maior risco de câncer de pâncreas, por isso, mantenha um peso saudável através de uma dieta equilibrada e faça exercícios regularmente para ajudar a reduzir esse risco. Uma dieta rica em frutas, grãos integrais e baixa em gorduras saturadas ajuda a reduzir o risco, além disso, evitar o consumo de carnes processadas também pode ser benéfico.
Condições de saúde como diabetes tipo 2 e pancreatite crônica estão associadas a um maior risco de câncer de pâncreas. Portanto, controlar essas condições com a ajuda de um médico poderá ajudar a reduzir o risco. Por fim, em caso de histórico familiar, é importante discutir com o seu médico sobre medidas preventivas e possíveis rastreamentos.
Embora essas estratégias possam ajudar a reduzir o risco de desenvolver o câncer, é importante lembrar que nem todas as formas da doença podem ser prevenidas. Manter um estilo de vida saudável e estar atento aos sintomas e fatores de risco poderão ajudar na detecção precoce e no tratamento eficaz.
Agora que você já sabe os sintomas do câncer de pâncreas
Por fim, esperamos que o nosso conteúdo tenha te ajudado a entender os sintomas, os fatores de risco e como ajudar a prevenir a doença.
Lembre-se que o diagnóstico precoce é crucial para um tratamento eficaz e melhores resultados. Por isso, se houver suspeita com base nos sintomas, é importante procurar um médico especialista para uma avaliação completa e um plano de diagnóstico adequado.
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