Faringite: O que é e quais são as causas?

janeiro 2024

Leitura: 16 min.

A faringite é uma condição que pode causar dor, desconforto e ainda diminuir a qualidade de vida de quem é acometido por ela.

Se você já experienciou a sensação de ardência na garganta e ficou sem conseguir consumir um alimento ou beber água por conta dela, saiba que é bem provável que você já tenha tido faringite. 

Essa sensação de ardência e desconforto é um dos principais sintomas dessa condição que pode ter diversas causas e origens. 

Embora, na maioria das vezes, ela esteja associada a quadros gripais e que melhoram naturalmente, em alguns casos a faringite pode demandar uma atenção maior.

Por isso, é importante conhecer mais sobre essa condição, entender quais são suas possíveis causas e como tratar.

Foi pensando nisso que elaboramos um conteúdo completo para que você possa entender mais sobre esse assunto.

O que é faringite?

A faringite é um tipo de inflamação que surge na faringe, que é parte superior da garganta fazendo a ligação entre o nariz e boca ao esôfago e à laringe.

Essa porção faz parte das vias aéreas e respiratórias, que faz com que ele fique mais exposto a substâncias alérgenas e também microrganismos como os vírus.

Além disso, em algumas pessoas, a região também pode estar mais propensa a desenvolver bactérias que estão naturalmente presentes em nosso corpo.

Desse modo, podemos dizer que majoritariamente a faringite é causada por infecções oriundas de vírus ou de bactérias. 

Quando a inflamação na faringe se espalha e alcança as amígdalas, que são estruturas localizadas nas laterais da garganta, ela é chamada de faringoamidalite. 

O que causa a faringite?

Como já mencionamos anteriormente, a faringite pode ser causada principalmente por inflamação na faringe.

Essa inflamação ocorre principalmente por conta da infecção e multiplicação de vírus e bactérias que acometem os tecidos locais, ela também pode ser causada por partículas que desencadeiam reações alérgicas, como a poeira, o pólen, partículas químicas e etc…

Desse modo, podemos dividir a faringite em classificações distintas:

• Faringite viral (Infecciosa): Causada por vírus, como os adenovírus, SARS-COV-2, rinovírus, vírus da parainfluenza,  Herpes simplex (HSV, que provoca herpes simples e herpes genital), HIV (causador da aids) e outros.
• Faringite estreptocócica (Infecciosa): Causada por infecções bacterianas, comumente do gênero streptococcus que pode causar sequelas.
• Faringite alérgica (não infecciosa): Causada por substâncias que são alérgenas em potencial, como pólen, partículas aéreas, pó e poeira, agentes tóxicos e outros.

Dentre as causas citadas, a mais comum é a de faringite viral, principalmente durante gripes mais intensas, nesses casos a transmissão ocorre pelo contato de gotículas e secreções eliminadas na tosse ou no espirro.

Enquanto a faringite bacteriana acomete cerca de 10% dos adultos, podendo causar sequelas como a febre reumática.

A faringite bacteriana é mais comum em crianças com idade a partir dos 5 anos,  entretanto pode acometer pessoas de qualquer idade.

A faringite é contagiosa se for causada por uma bactéria ou vírus, a forma de contaminação se dá pelos fluídos, como saliva e gotículas espalhadas no ar.

Sintomas de faringite

Os sintomas de faringite são bastante semelhantes nos três tipos apresentados, entretanto existem alguns detalhes específicos que ajudam a diferenciá-las.

Saber reconhecer os sintomas e diferenciar os tipos de faringite é fundamental e contribui para o seu diagnóstico médico na hora da consulta.

Conheça alguns dos principais sintomas de faringite viral:

• Dor de garganta;
• Dificuldade para engolir alimentos sólidos;
• Coriza;
• Tosse e espirros;
• Febre baixa, de até 38,5℃.

Já os sintomas de faringite bacteriana se caracterizam por:

• Dor de garganta;
• Dificuldade para engolir alimentos sólidos;
• Aumento dos linfonodos, gânglios localizados no pescoço e atrás das orelhas;
• Dores no corpo;
• Pode haver formação de secreção purulenta nas amídalas;
• Formação de placas esbranquiçadas nas amídalas;
• Febre alta que começa subitamente e pode chegar a 39℃.

Quando não tratadas adequadamente, elas podem se complicar e causar outras condições, como a otite (inflamação no ouvido), sinusite (inflamação nos seios da face) ou formar um abcesso ao redor das amígdalas. 

Ao contrário da inflamação causada por microrganismos, a faringite alérgica não costuma causar febre ou dores no corpo, conheça os sintomas de faringite alérgica: 

• Dor e irritação na garganta;
• Inchaço nas amígdalas e gânglios linfáticos;
• Dificuldade para engolir;
• Garganta ressecada e raspando;
• Rouquidão;
• Cansaço na voz;
• Pigarro;
• Tosse seca ou com catarro.

Como tratar faringite?

O primeiro passo para tratar a faringite é consultar com um profissional de saúde para que ele possa solicitar exames e diagnosticá-la.

O profissional apto a tratar faringite é o médico otorrinolaringologista ele poderá solicitar exames de imagens e laboratoriais para identificar as causas da inflamação.

O diagnóstico inicial é um diagnóstico clínico, ou seja, se baseia nos sintomas relatados pelos pacientes, exame físico e informações como contato com pessoas infectadas. 

Entender qual é a causa da faringite, é fundamental para que o médico possa indicar o tratamento mais eficaz para tratá-la que provavelmente envolverá o uso de medicamentos. 

Por exemplo, faringites bacterianas envolvem o uso de antibióticos, as virais, na maioria das vezes serão tratadas com o uso de anti-inflamatórios.

Já as infecções causadas por alérgenos poderão ser tratadas mediante o uso de anti-alérgicos. 

Também é importante ressaltar que a faringite também pode ser um sintoma de uma outra condição de saúde, por isso é fundamental consultar com um profissional de saúde para que ele possa realizar uma avaliação completa. 

Remédio para faringite

Com base no seu diagnóstico, o médico definirá qual é o melhor dentre as opções de tratamentos para faringite, e nesse sentido, é importante que você siga as orientações do profissional de saúde.

As infecções bacterianas podem ser bastante perigosas e inclusive serem reincidentes quando não tratadas pelo tempo indicado.

Por isso é importante evitar a automedicação e também seguir as orientações de um profissional de saúde.

Analgésicos para dor de garganta

São um grupo de remédio para faringite que atuam diretamente na dor, e não no agente causador da doença, por isso eles podem não ter o efeito desejado, mas podem ser utilizados para auxiliar o tratamento.

Dentro desse grupo, podemos destacar o paracetamol que serve para dor de garganta e é um dos principais analgésicos administrados, além dele também é possível utilizar a dipirona.

A administração deste medicamento pode variar de acordo com a idade do paciente, mas normalmente recomenda-se utilizá-los a cada 6 ou 8 horas, em caso de dúvidas leia a bula ou consulte seu médico.

Anti-inflamatório

Uma outra opção para quem deseja saber o que tomar para faringite é utilizar medicamentos anti-inflamatórios.

Semelhante aos analgésicos, eles não atuam na eliminação do agente causador da inflamação na garganta. 

Eles podem atuar reduzindo o inchaço dos tecidos o que promove uma melhora momentânea do quadro geral.

O anti-inflamatório Ibuprofeno serve para a dor de garganta e pode atuar reduzindo a sensação de desconforto.

O Ibuprofeno pode ser administrado de 8 a 12 horas, conforme as orientações médicas.

Além disso, um outro medicamento que também pode ser indicado é a Nimesulida para dor de garganta, que também possui ação anti-inflamatória. 

Antibióticos

Os antibióticos são o grupo de medicamentos utilizados na primeira linha para tratar a faringite gonocócica e estreptocócica.

Eles precisam de prescrição médica para serem adquiridos na farmácia, pois é preciso identificar qual é o agente causador da dor para indicar a dose mais eficaz com base no histórico de saúde do paciente.

A Amoxicilina é  um antibiótico para principalmente quando o agente causador é a bactéria estreptococos.

Quem for utilizá-la deverá respeitar o intervalo de 8 ou 12 horas do uso do medicamento conforme a prescrição médica.

Outros antibióticos também podem ser indicados e ajudar no tratamento como Azitromicina, Eritromicina, Clindamicina e Cefalexina, por exemplo.

Pastilha para dor de garganta

As pastilhas geralmente vem em conjunto com dois fármacos geralmente funcionam como anti-inflamatório e anestésicos locais.

Algumas das principais são Ciflogex, Strepsils, Neopiridin, Bennalet,  por exemplo. A grande vantagem dessas pastilhas é que é possível utilizá-las em conjuntos com algum outro medicamento proporcionando alívio rápido e imediato, entretanto a duração dos efeitos tende a ser menor.

Antialérgicos

Os anti-histamínicos são um grupo de medicamentos que contém remédios antialérgicos e podem ser indicados como tratamento para faringite alérgica. 

Dentre os anti-histamínicos, os mais utilizados são a desloratadina ou cetirizina na forma de comprimidos ou xarope.

Deve-se utilizar anti-histamínicos apenas com indicação médica, pelo tempo de tratamento e doses de forma individualizada. 

Chá para faringite

Há também a possibilidade de remédios caseiro para faringite para aliviar os principais sintomas, principalmente quando a faringite também é de origem viral.

O chá para dor de garganta de limão e gengibre possui propriedades anestésicas e anti-inflamatórias, ou seja fazer o chá é muito simples, basta seguir a receita abaixo:

Ingredientes:

• Meio limão 
• 1 cm de gengibre ralado
• 1 Xícara de água fervente
• Mel

Modo de preparo:

1. Primeiramente, misture todos os ingredientes em uma caneca e adoce com mel ao seu próprio gosto para não ficar amargo. 
2. Você também pode fazer gargarejos de água morna com limão e uma pitada de sal.
3. Basta colocar em um copo água morna o suco de 1 limão e uma pitada de sal, gargarejando por 2 minutos, 2 vezes ao dia; 

Agora você já sabe o que é a faringite

Através desse conteúdo buscamos apresentar o que é a faringite, quais são os seus sintomas e as principais formas de tratamento.

Embora ela seja uma condição simples, é fundamental consultar com um especialista para que ele possa fazer uma avaliação completa e apresentar o diagnóstico.