Hérnia umbilical: Sintomas e tratamentos

julho 2024

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A hérnia umbilical é um tipo de saliência que se forma na região umbilical, mais comum em crianças do que em adultos, mas pode acometer pessoas de qualquer idade.

Embora a maioria das pessoas não sinta dor ou desconforto, ela pode originar problemas de saúde sérios e em casos mais complicados colocar a vida em risco

Por isso, mesmo pessoas assintomáticas deverão procurar um médico e passar por uma avaliação.

E para que você possa eliminar todas as suas dúvidas antes de passar pela consulta, elaboramos um conteúdo completo sobre esse assunto.

Sumário

O que é hérnia umbilical?

A hérnia umbilical é um deslocamento anormal de tecido que se dá através de um orifício localizado na parede abdominal, próximo ao umbigo.

Esse tipo de hérnia, pode se desenvolver quando há a passagem de fluído do abdômen, ou parte do intestino através desse orifício.

A hérnia umbilical é mais comum em bebês, sendo que a maioria das ocorrências tendem nessa faixa etária tendem a se resolver até o primeiro ano de idade.

Ela também pode afetar adultos independentemente da idade, sendo mais frequente em pessoas do sexo feminino.

O que causa a hérnia umbilical?

A hérnia umbilical pode ser causada por diversos fatores, entre esses fatores o mais comum é a anomalia congênita que afeta principalmente bebês e crianças.

Estima-se que cerca de 10 a 20% de todos os nascimentos apresentem casos de hérnia umbilical.

Ela ocorre principalmente porque a região por onde passa o cordão umbilical forma uma abertura para os vasos sanguíneos, naturalmente após o nascimento, a estrutura perde a função e tende a fechar e cicatrizar.

Em alguns bebês, a cicatrização pode falhar resultando no enfraquecimento da região ou até mesmo na presença de um orifício deixando o canal aberto para a passagem de órgãos.

Quando surgem na vida adulta, podem estar relacionadas a diferentes tipos de atividade, como:

Trabalham carregando peso;
Ascite (ou acúmulo de líquido no abdômen);
Praticam exercícios físicos de alta intensidade;
São fumantes;
Possuem doenças do colágeno ou aneurisma da aorta;
Estão acima do peso;

Além disso, a hérnia umbilical na gravidez também não é incomum devido ao elevado volume abdominal durante o período da gestação.

Sintomas de hérnia umbilical

Algumas pessoas que desenvolvem a hérnia umbilical não apresentam sintomas, principalmente se for uma hérnia pequena.

O principal sintoma da hérnia em bebê e adultos é a presença de uma saliência indolor, maleável próximo ao umbigo.

Em bebês ela fica ainda mais perceptível quando choram, já em adultos é mais notável quando fazem força com a região abdominal ou após tossir deixando-o mais saltado e aparente.

Entretanto algumas pessoas podem pensar que a hérnia umbilical cresce a barriga, porém esse não é um sintoma comum, e muitas vezes está associado a ascite.

A ascite consiste em um acúmulo de líquido (ascítico) que contém proteínas dentro do abdômen e é causada predominantemente por problemas hepáticos.

Pessoas com ascite podem desenvolver hérnia umbilical justamente por conta do aumento na cavidade abdominal.

Hérnia umbilical é perigoso?

A hérnia umbilical pode se complicar causando sintomas de dor, e outros tipos de desconforto na região do abdome.

Existem principalmente dois tipos de agravamento para as hérnias, de uma maneira geral, o encarceramento e o estrangulamento.

O encarceramento ocorre quando há a retenção de uma porção do intestino dentro da cavidade da hérnia que pode promover o ressecamento das fezes e até mesmo a interrupção do trânsito intestinal.

Esse encarceramento pode se agravar e gerar um episódio de estrangulamento que é muito mais grave e se caracteriza pelo corte na circulação sanguínea que pode causar necrose dos tecidos aprisionados.

Quando não tratada rapidamente, o estrangulamento da hérnia pode colocar a vida em risco, por isso é considerada uma emergência médica.

Por isso, é importante que você esteja atento aos sintomas de hérnia estrangulada que são:

Febre;
Dor forte no umbigo e abdômen;
Prisão de ventre;
Náuseas e vômitos;
Alterações na cor e aparência do nódulo retido.
Hérnia umbilical causa gases.

Diagnóstico

O diagnóstico da hérnia umbilical é realizado através da análise clínica, o médico leva em conta o histórico clínico do paciente, a presença ou não de sintomas, e também achados obtidos no exame físico.

Além disso, caso seja necessário realizar uma análise mais aprofundada para entender se não há complicações, o médico pode solicitar exame de ultrassom da parede abdominal, além da tomografia computadorizada.

Tratamentos para hérnia umbilical

Em crianças e bebês é comum que as hérnias umbilicais se fecham sozinhas, e nesse caso não querem nenhum tipo de tratamento.

Caso não se fechem sozinhas, o médico recomendará a cirurgia de correção para que não haja risco de complicação.

Existem diferentes tipos de abordagens cirúrgicas, cujo objetivo é realizar a correção do defeito existente na parede abdominal, seja através de suturas, ou da implantação de uma tela de polipropileno.

A implantação da tela de polipropileno visa reforçar a região do umbigo e impedir que o conteúdo retorne.

Indica-se a cirurgia é quando a hérnia causa dor, risco de encarceramento, e possui mais de 1,5 cm de diâmetro.

Para corrigir a hérnia umbilical existem dois tipos de tratamentos:

Cirurgia tradicional: o cirurgião faz uma incisão na região umbilical e reposiciona a parte do órgão que se deslocou para fora da cavidade abdominal, há sutura e fechamento do orifício ou a implantação da tela.
Cirurgia laparoscópica: esta técnica utiliza uma câmera acoplada em uma cânula para realizar o procedimento de reposicionar o órgão e fechar o orifício herniário. Feita com três pequenas incisões.

A recuperação da cirurgia costuma ser rápida, com a pessoa podendo receber alta no mesmo dia ou nos dois dias seguintes.

Entretanto, é importante que ela permaneça em repouso por até dois ou três dias, e siga as orientações médicas para o tempo retomar as atividades.