Ressonância magnética: O que é e quanto custa?

julho 2024

Leitura: 17 min.

A ressonância magnética é um exame não-invasivo, que possui muita precisão para diagnosticar e monitorar o tratamento de algumas doenças. 

Através desse exame é possível avaliar diferentes órgãos e tecidos, além do sistema esquelético, devolvendo o resultado em imagens de alta resolução.

Embora seja um exame muito conhecido e utilizado na medicina, ainda existem muitas dúvidas que precisam ser esclarecidas, principalmente para quem vai realizar o exame pela primeira vez.

Por isso, elaboramos um conteúdo completo sobre esse exame para que você possa esclarecer suas principais dúvidas e fazer o exame com tranquilidade.

O que é ressonância magnética?

A ressonância magnética é um tipo de exame que resulta em uma imagem tridimensional e rica em detalhes para o diagnóstico de diversos tipos de doenças que podem acometer órgãos e tecidos do corpo humano.

Esse exame é um procedimento que utiliza um campo magnético, onda de radiofrequência e um sistema de softwares capazes de fazer leituras e reproduzir imagens na tela. 

Ele é amplamente utilizado na medicina, uma vez que não utiliza radiação, e também não é um tipo de exame invasivo, o que é uma vantagem para pacientes que não podem se expor a radiação ou a procedimentos muito invasivos, como as gestantes.

Existem diferentes tipos de ressonância magnética, cada tipo de ressonância visa atender a uma necessidade específica ou região distinta do corpo. 

O exame ainda pode ser uma ressonância magnética com contraste, utilizando uma substância chamada gadolínio.

O gadolínio não é a base de iodo, o que difere ele do contraste utilizado na tomografia computadorizada e angiografia.

Ele é bastante seguro, e as reações alérgicas graves costumam ser bastante raras para quem utiliza esse tipo de contraste. 

Pessoas que sejam alérgicas a esse tipo de contraste também poderão utilizar anti-alérgicos específicos para reduzir as chances de reação. 

Paciente fazendo ressonância magnética
Imagem de freepik

Para que serve ressonância magnética?

A ressonância magnética magnética é um exame que serve para detectar diferentes tipos de alterações nos órgãos e tecidos do corpo. 

Cada tipo de ressonância é utilizado para gerar imagens que poderão ser avaliadas de acordo com as necessidades de cada paciente. Conheça os principais usos da ressonância magnética: 

Com contraste 

A ressonância magnética com contraste é um tipo de exame onde faz-se a aplicação de um fármaco por via endovenosa antes do início do exame.

Esse fármaco contribui para que possa ser visualizado as estruturas vasculares, como artéria e veias, e também os tecidos irrigados por elas.

Desse modo, é possível ter uma maior sensibilidade do exame na detecção de doenças de diversos tipos, podemos citar algumas:

  • Tumores;
  • Acidente vascular cerebral (AVC);
  • Isquemia;
  • Aneurismas;
  • Coágulos;
  • Mal de Alzheimer;
  • Esclerose múltipla;
  • Microcalcificações.

Com a ressonância magnética é possível fazer uma diferenciação entre tumores benignos ou malignos.

Além disso, a RM com contraste também é capaz de fazer a diferenciação entre um tumor maligno e um benigno. 

Ressonância magnética joelho e articulações 

 A ressonância magnética do joelho e das articulações, serve para analisar a integridade das estruturas que compõem o joelho.

Dentre as estruturas podemos citar:

  • Articulação do joelho (dentre outras);
  • Patela;
  • Fêmur;
  • Tíbia;
  • Fíbula;

Ressonância magnética do crânio 

A ressonância magnética do crânio é muitas vezes utilizada para fornecer informações sobre o sistema nervoso central.

Geralmente, sua aplicação se dá como exame inicial para a verificação de algum quadro clínico e até mesmo neurológico.

Dentre as indicações para a realização do exame estão: 

  • Malformações cerebrais; 
  • Tumores benignos e malignos; 
  • Esclerose Múltipla; 
  • Acidente Vascular Cerebral (AVC); 
  • Epilepsia; 
  • Neurofibromatose; 
  • Doença de Alzheimer; 
  • Doença de Parkinson; 
  • Malformações cerebrais; 
  • Meningite (inflamação das meninges); 
  • Alterações metabólicas e congênitas, entre outros

Campo Aberto

A ressonância magnética de campo aberto é um tipo de ressonância que é realizada em uma máquina que possui as extremidades abertas, diferente das convencionais que são em forma de tubo. 

Ela é uma opção mais propícia para pessoas que sofrem algum nível de claustrofobia, por exemplo, ainda sim, algumas pessoas não conseguem realizar o exame. Com a ressonância de campo aberto é possível avaliar as seguintes estruturas:

  • Coluna dorsal; 
  • Coluna lombar; 
  • Coluna cervical; 
  • Crânio; 
  • Bacia; 
  • Pé; 
  • Joelho; 
  • Cotovelo; 
  • Mão; 
  • Punho; 
  • Ombro; 
  • Tornozelo.  

Coluna 

A ressonância magnética da coluna, é utilizada em diversas situações, pois através dela é possível fazer uma avaliação de diferentes constituintes da coluna, assim como as partes moles, os discos invertebrais e constituintes da medula.

Através desse exame é possível detectar: 

  • Compressões; 
  • Hérnia de disco
  • Inflamação ou irritação do nervo ciático; 
  • Artrose lombar; 
  • Estenose lombar; 
  • Espondilolistese (fratura por estresse de uma vértebra); 
  • Síndrome da cauda equina; 
  • Vários tipos de tumores benignos e malignos.
  • Espondilose; ; 
  • Estenose vertebral; 
  • Fraturas da coluna; 
  • Cifose, lordose e escoliose; 
  • Protrusão discal lombar; 
  • Síndrome da cauda equina. 

Todos os segmentos da coluna podem ser estudados através desse método, como a cervical torácica lombar e sacral. Por isso, é muito comum que médicos façam o exame de ressonância magnética da coluna lombar com hérnia de disco.

Abdome superior

Esse tipo de ressonância magnética irá analisar todos os órgãos presentes no abdome superior, dentre eles podemos citar:

  • Fígado;
  • Baço;
  • Adrenais;
  • Pâncreas;
  • Rins;
  • Vias biliares;

Assim esse tipo de exame pode detectar algumas condições como:

  • Esteatose no fígado
  • Ferro no fígado
  • Processos inflamatórios;
  • Tumores;
  • Complicações pós operatórios;
  • Cistos 
  • E outros…

Além disso, em alguns casos é necessário fazer o uso do contraste para a avaliação dessas estruturas.

Pelve

A ressonância magnética da pelve analisa os órgãos que estão localizados no abdome inferior,  como a bexiga, o útero, ovários, próstata e as vesículas seminais. 

Ou seja, objetiva-se investigar doenças que podem acometer esses órgãos, como: 

  • Endometriose;
  • Miomas uterinos;
  • Cistos do ovário;
  • Adenomiose; 
  • Hiperplasia de próstata;
  • Disfunção do pavimento pélvico;
  • Problemas de incontinência urinária;
  • Constipação;

Ressonância magnética da mama 

A ressonância magnética da mama é uma das opções fundamentais para avaliar a presença do câncer de mama.

Ela é capaz de complementar os achados da ultrassonografia e também da mamografia, por isso é um importante exame pré-operatório. 

Além disso, esse exame também é capaz de detectar:

  • Cistos benignos;
  • Fibroadenomas;
  • Inflamações mamárias;
  • Problemas ocasionados por próteses de silicone;
  • Anomalias mamárias;
Médico analisando resultado da RM
Imagem de freepik

Quanto custa uma ressonância magnética?

O valor da ressonância magnética é variável a depender de qual lugar será realizado o exame e também da disponibilidade da região onde você mora. 

Esse exame pode ser realizado tanto em clínicas, laboratórios ou até mesmo hospitais podem oferecê-lo, mas, de modo geral, o exame pode custar de R$ 500 a R$ 1500.

Entretanto, ainda existem algumas opções de clínicas populares que podem realizar exames a um custo mais acessível para quem não pode investir todo esse dinheiro. 

Onde fazer ressonância magnética gratuita?

O exame de ressonância magnética também pode ser realizado de maneira gratuita através do Sistema Único de Saúde, entretanto é preciso passar por um médico da rede para que ele possa solicitar o exame, e muitas vezes entrar na fila de espera que pode demorar semanas e até meses para a consulta.

Portanto, se você não pode esperar por algum motivo, é recomendado que você realize o exame o quanto antes.

Preparo para ressonância magnética

Para realizar o exame de ressonância magnética, é preciso respeitar o jejum absoluto de 4 horas, inclusive de água.

Ainda, se o paciente já tiver realizado o procedimento e tiver  apresentando um quadro alérgico, é necessário informar na hora do agendamento do exame para que seja realizado um preparo com anti-alérgico.

No dia do exame, será necessário que o paciente vista um camisolão, concedido pelo local onde o exame será realizado, que não haja objetos metálicos, como zíper e botões.

Portanto, os objetos de metal, ou que podem ser afetados pelo campo magnético do exame, deverão ser deixados do lado de fora da sala de ressonância magnética. 

Ao entrar na sala, o paciente receberá protetores auriculares, pois o aparelho emite fortes ruídos. Além disso, antes do início do exame pode ser necessária a realização de uma injeção em uma veia ou em uma articulação contendo um meio de contraste que contém gadolínio (um meio de contraste paramagnético).

Assim, o exame pode levar de 20 a 60 minutos, sendo que após o mesmo é possível retornar às atividades normais.

Como funciona a ressonância magnética?

Para a realização do exame é necessário que o paciente deite-se na mesa móvel e com motor, a qual entrará para dentro do aparelho com formato de tubo.

O aparelho irá produzir um campo magnético extremamente forte, e  em seguida,  emitirá um pulso de ondas de rádio, que momentaneamente.

Os prótons presentes nesse campo magnético são responsáveis por liberar energia (sinais), a força do sinal é variável e depende de cada tecido em analise.

Desse modo, o aparelho registra os sinais e utiliza-se o computador para reproduzir as imagens, ainda é possível realizar mudanças nos  pulsos de ondas de rádio, a força e a direção do campo magnético e outros fatores. 

Além disso, quando aplicado, os meios de contraste à base de gadolínio alteram o campo magnético fazendo com que as imagens fiquem mais nítidas.

Sintomas após ressonância magnética

Embora o contraste da ressonância magnética seja mais seguro, em comparação com o utilizado na tomografia computadorizada, algumas poucas pessoas podem apresentar reação.

Os efeitos mais comuns são dores de cabeça, náusea e sensação de calor, nas situações mais graves pode haver reações mais moderadas, como dificuldade de respiração, e desmaio.

Assim, esses efeitos podem conduzir a uma parada cardiorrespiratória, o que é pouco comum, efeitos tendem a aparecer nos primeiros 30 minutos após o exame.

Portanto, recomenda-se que o paciente aguarde na clínica por pelo menos 30 minutos após a realização do exame, assegurando de que não há qualquer tipo de reação.

Agora você já sabe como realiza-se o exame

Através desse conteúdo apresentamos informações sobre um dos exames mais utilizados na medicina, a ressonância magnética.

Ou seja, se você ainda está inseguro com relação ao exame ou tem alguma dúvida, não deixe de conversar com o seu médico. 

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